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Foto do escritorEditora Pendragon

A festa das luzes

“ E, de fato, lá em cima todos puderam ver. Era um trenó puxado por duas renas, com sinetas tilintando nos arreios. Renas muito maiores que as da feiticeira, mas eram castanhas, e não brancas. No trenó estava alguém que todos reconheceram à primeira vista. Era um homem alto, vestido de vermelho-vivo, com um capuz forrado de pele, uma barba branca, tão comprida que lhe cobria o peito.” – As Crônicas de Nárnia – O leão, a feitiçeira e guarda-roupa.

Esse trecho dá uma nostalgia, não é mesmo? Assim, em uma das maiores obras de fantasia de todos os tempos, o tão amado e bondoso Papai Noel é citado. E rapidamente nos lembramos de nossa infância e nosso coração fica quentinho com tantas memórias boas. Seja por conta das viagens a mundos mágicos através dos livros, seja pelas recordações natalinas.


A mesa farta, a família reunida, as luzes, os presentes e toda aquela atmosfera de magia. Os filmes clássicos que assistíamos na tv, a cidade toda decorada, as apresentações natalinas dos corais.





O Natal teve origem em festas pagãs que eram realizadas na antiguidade. Nessa data, os romanos celebravam a chegada do inverno (solstício de inverno). Eles cultuavam o Deus Sol (natalis invicti Solis), e ainda realizavam dias de festividades com o intuito de renovação.

Os mesopotâmicos, celebravam o “Zagmuk”, uma festa pagã em que um homem era escolhido para ser sacrificado. Isso porque eles acreditavam que no final do ano alguns monstros despertavam. A partir do século IV, e com a consolidação do Cristianismo, a festividade foi oficializada como Natale Domini (Natal do Senhor). Como não se sabe ao certo o dia em que Jesus nasceu, essa foi uma forma de cristianizar as festas pagãs romanas, dando-lhes uma nova simbologia.

O termo Natal tem origem na palavra do latim “natalis” que, por sua vez, é derivada do verbo nascer (nāscor). A escolha da data foi determinada pelo Papa Julius I (337-352) e, mais tarde, foi declarada feriado nacional pelo Imperador Justiniano, em 529.


Já deve ter ouvido muitas vezes a pergunta: “O que é o natal para você?”

O escritor Charles Dickens disse uma vez que é “a única época do calendário em que homens e mulheres permitem que seus corações amem livremente”. Já para Bob Hope: “A minha ideia de Natal, seja este antiquado ou moderno, é muito simples: amar os outros. E se pensarmos bem, porque é que temos que esperar pelo Natal para fazermos isso?”


Mas, e para você, qual o sentido do natal?

Talvez essa data comemorativa seja tão especial para nós, pois nos faz recordar o passado. Quando éramos crianças felizes e esperançosas e tudo era tão puro e mágico. Sem os sofrimentos e anseios da vida adulta, com nossos entes queridos ao nosso lado. Natal é sinônimo de amor, esperança e união.


Ter a existência de um ser mágico que trazia presentes num trenó a uma velocidade fora do comum nos dava a certeza de que tudo era possível e que poderíamos fazer o que quiséssemos. Assim como os personagens dos nossos livros preferidos.


Queridos leitores (a), desejamos que vocês tenham um natal mágico e que o Papai Noel lhes traga muitos livros de presente. Não esqueçam de colocar a meia embaixo da árvore natalina hein!


E o mais importante, mantenham o espírito do natal o ano todo.






Margarida Marcos

Autora Pendragon

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