Sim, senhoras e senhores, não-senhoras e não-senhores! O seu Estagiário preferido ganhou mais uma coluna neste digníssimo blog, pois todos já reconheceram que sem mim, essa editora não voa! E como eu amo procrast… INTERAGIR, eu fui convidado a fazer entrevistas com nossos dragões! Mas não esperem perguntas óbvias ou coisas desinteressantes. Aqui eu pergunto o que o povo realmente quer saber!
E para estrear as entrevistas, nós convidamos os autores Thiago Nazarko e Mateus Guerreiro, do livro A Aurora Rubra, que está em pré-venda na editora Pendragon. Confiram:
Olá, autores, sejam bem-vindos ao de frente com o dragão! Parabéns pela publicação! A capa está lindíssima! O que leva a minha primeira pergunta. Vocês sabiam que o modelo que posou para a capa é meu tio?
Thiago: Não só sabia, como precisamos conter a bebedeira dele no set.
[Ei! Olha o exposed!]
Mateus: Caraca, sabia não, é assim que ele faz pra acumular riqueza hoje em dia?
É exatamente assim. Ele é modelo nas horas vagas. Mas curiosidades familiares à parte, vamos para o âmbito profissional. Com quantos anos vocês decidiram que não queriam ter vida social… digo, ser escritores?
Thiago: Eu decidi profissionalizar minha escrita há quatro anos, em meados de 2018, mas eu já não tenho vida social desde os 12/13 quando comecei a jogar RPG’s e DotA.
Mateus: Olha, acho que de certa forma todos nós somos escritores por natureza, tá todo mundo escrevendo sua vida dia após dia, um pouco de experiência, um pouco de sonho, um pouco de realização. Acontece que alguns fazem um apanhado de tudo isso e misturam com um pouco de criatividade, um trato na linguística e colocam tudo isso num material compilado.
Sabendo que vocês escrevem a quatro mãos, quero saber: Quem foi que pediu a mão do outro primeiro?
Thiago: Acho que ninguém. O esquema foi daquele assim: a pessoa vem, passa um dia, depois tá passando dois por semana e quando vê tá morando junto já.
Mateus: Uma vez o Thiago começou a contar uma história e eu não conseguia entender de onde vinha e pra onde ia, não compreendia o universo, as personagens, comecei então a fazer algumas perguntas, buscando entender o que ele queria dizer com aquilo tudo e quando percebi estávamos contando uma história em uníssono.
Eu tenho uma curiosidade, que na verdade, é uma curiosidade de muita gente que lê a minha coluna: Foi muito difícil para o Mateus escolher uma foto de autor que não ofuscasse o resto da capa do livro?
Thiago: Aí é com ele, mas optamos por não enviar as sem camisa.
Mateus: Caraca, fazia tempo que eu não ria alto. Vou contar um segredo, é Photoshop.
E se algum estúdio quisesse fazer uma adaptação do livro de vocês, mas colocasse o Sérgio Malandro como protagonista, vocês aceitariam mesmo assim?
Thiago: Money talks. Mentira, prefiro morrer no ostracismo.
Mateus: Com certeza, e o último desafio da Aelyn seria passar pela porta dos desesperados e evitar o seu Tio.
Eu vi que a protagonista de vocês é ferreira. Na casa dela, os espetos são de pau?
Thiago: Silêncio constrangedor.
Mateus: Não só os espetos, as havaianas também.
Dentre os personagens de A Aurora Rubra, qual vocês acham que seria seu melhor amigo e por quê?
Thiago: Muito difícil essa. T.T
Mateus: Neeu com certeza, estou naquela fase da vida que o mais importante na amizade é a troca de experiência, sabedoria e reflexão
Como vocês escolheram o título “A Aurora Rubra”? É verdade que a tinta vermelha que vocês usaram pra pintar a capa é feita com Pau-Brasil?
Thiago: Existe outra coisa vermelho vivo na natureza, e mais abundante, com vários recipiente que são basicamente 70% “tinta”. (Olhar maligno)
Mateus: Digamos que a ideia é parecida com a história do Pau Brasil, havia em abundância até os colonizadores cortarem quase tudo, havia pessoas em abundância até...
Qual a maior loucura que vocês pensaram em colocar no livro e (graças ao Dragão Ancião) acabou não entrando?
Thiago: Acho que seriam as raças muito espalhafatosas, quatro-olhos, asas etc.
Mateus: É difícil dizer porque pode ser que algumas dessas loucuras entrem nos próximos livros. É preciso ter ideias ruins pra saber diferenciar e identificar o que é uma boa ideia.
Vocês já deram o nome de alguém que não gostavam a um personagem e mataram ele?
Thiago: Eu não. As pessoas que eu odeio não merecem nem sombra na história que eu amo.
Mateus: Putz, acho que ficaria estranho um personagem com nome de político, hahaha é brinks <3
Casa, Mata ou beija, com os personagens do livro, quais e por quê?
Thiago: Sei lá. Acho que casaria com a Veronika, por ser “meu tipo”, mataria com certeza a Liliana e acho que todos que lerem também matariam, e beijaria a Shivanshi pelo apelo do gótico/mórbido do contexto dela.
Mateus: Casaria com a Aelyn, é preciso ter uma mulher forte do seu lado pra lidar com esse mundão, mataria a Liliana acho que até ela faria o mesmo. Beijar? Fácil, Kyl'raz, mas na brotheragem, claro.
Deem um spoiler sem contexto do livro de vocês:
Thiago: “Não tava muito bom, tava meio ruim também. Tava ruim, agora parece que piorou”.
Mateus: O conhecimento também aprisiona.
E por último, mas não menos importante, façam um discurso de agradecimento do Oscar como se fossem o vilão do livro de vocês:
Thiago: Depois de diversos suspiros calmos e apaixonados da multidão diria apenas: Obrigado. E não haveria palmas, nem gritos, nem assovios, apenas, paz. Opressora, paz.
Mateus: O conhecimento mata, mata a ignorância, o preconceito, o individualismo, a inércia, mas também mata a felicidade dentro de você.
Obrigado, meninos, pelo tempo de vocês! Sucesso com o livro!
Me aguardem para mais entrevistas diferenciadas,
Lord Estagiário.
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