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Foto do escritorEditora Pendragon

Talk Show do Dragão estagiário. Entrevista com a autora Natalia Zimmermann do livro Laços de Fogo



Interrompemos essa programação para anunciar que está no ar o seu Talk Show favorito! Nossa entrevistada de hoje no ninho dos dragões é a autora Natalia Zimmermann, do livro "Laços de Fogo" que está em pré-venda na Loja da Editora Pendragon!





Seja bem-vinda e parabéns pela publicação!


Vamos começar com uma pergunta que vários dos nossos leitores já fizeram através do canal oficial: se a Kitsune abrisse uma sorveteria com diversos sabores de cobertura, ela seria uma raposa de nove caldas?


Poxa vida! Com uma pergunta dessas, você me coloca numa fria... A minha especialidade tem mais a ver com coisas quentes.

Infelizmente a resposta para sua pergunta é: não. Apesar do nome e das referências à figura mitológica japonesa, a minha Kitsune foi criada em laboratório e ela definitivamente não tem mais de um rabo!


Se um estúdio quisesse adaptar o seu livro para um stop motion de esquilos empalhados, você aceitaria?


Eu acho que isso já seria quase um plágio de outro filme que eu já assisti. É tão ruim que arde aos olhos!


Você diria que dentro da sua história você usa o fogo de artifício?


Definitivamente! Já dizia o grande Deidara: “art is a blast!” (“a arte é um estouro!”)

Escrever já é uma arte em si. Mas o meu livro é pura obra de arte!


Qual a maior loucura que você pensou em colocar no livro, mas (graças ao Dragão Ancião) não entrou na versão final?


Havia uma versão do roteiro em que a Kitsune, no final, canalizaria o seu poder e se tornaria uma espécie de “super sayajin”. Ou seja: ela iria flutuar, teria os cabelos brancos e compridos e brilharia igual uma lâmpada fluorescente. Felizmente, percebi ainda bem cedo que essa ideia não ia ferver na cabeça da galera. Minha garota não precisava de uma “forma especial” para demonstrar seu poder, pois ela faz isso aos poucos ao longo de toda a história.


Kitsune é uma personagem esquentadinha?


Nem um pouco! Ela apenas gosta de abraços quentinhos e de manter o coração aquecido com coisas e pessoas que a fazem feliz. Não é o tipo de personagem que carrega o fogo no rabo.





Você já criou um personagem inspirado em alguém de quem você não gosta e matou ele de forma cruel?


Isso seria um pouco perturbador, não? É que, se eu não gosto de uma pessoa, eu nem me dou ao trabalho de criar um personagem parecido.

Eu crio meus personagens como se fossem meus próprios filhos. Matar qualquer um deles seria como queimar uma parte de mim também (não que nunca tenha acontecido, claro – o bem da trama sempre vem em primeiro lugar)...


Que tipo de presentes a gente embrulha com um laço de fogo?


Aqueles que o Felix vai dar para a Kitsune para apimentar a relação... Opa.


Numa brincadeira de esconde-esconde, a sua raposinha seria um fogo que arde sem se ver?


Não, o nome disso é amor!

Eu acho que ela estouraria com tanta facilidade no calor da emoção que iria se entregar de cara.


Sua história se passa em um planeta onde o fogo é um elemento importante. Aqui, no nosso planeta Terra, a água é um dos mais importantes. Seguindo essa lógica, você não acha que o planeta da sua história deveria se chamar Gelo? Ou você achou essa ideia uma fria?


Amigo, minha história tem alienígenas, teletransporte, experimentos genéticos com seres vivos e garotas com orelhas de animal e força super humana. A lógica foi incinerada faz tempo.


Dê um spoiler sem contexto do livro:


Cuidado onde mete a mão. Especialmente se estiver dentro de um bunker desativado de propriedade do governo.

(Não. Não tem nenhum trocadilho fogoso aqui.)


Você já teve bloqueio criativo? Qual a coisa mais absurda que você já fez para sair dele?


Já... Nada pior do que queimar seus neurônios e não sair do lugar, não é? Pra mim, não tem jeito: só consigo reacender a faísca de esperança se jogar tudo pro alto (não literalmente, claro) e deixar a fumaça escura que cobre a mente se dissipar aos poucos. E voltar à escrito quando for possível ouvir o (chama)do lá no fundo da alma.


E por último, mas não menos importante, a batata (da perna) da Kitsune tá assando?


Eu não queria queimar meu filme respondendo essa pergunta, mas meu humor picante é mais forte do que eu:






Natalia Zimmermann

Autora Pendragon

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